Homem X Mulher

Porque a maioria dos homens só consegue fazer uma coisa de cada vez? Por que as mulheres prestam tanta atenção a detalhes? Por que quando estressados os homens se calam e as mulheres falam tanto?

A resposta a todas essas perguntas está no nosso cérebro! O cérebro de homens e mulheres são diferentes!

Uma das diferenças refere-se à maneira segundo a qual os homens e as mulheres resolvem problemas, se comunicam, orientam-se no espaço e visualizam os objetos tridimensionais, entre outras. Ao realizar todas essas tarefas, os homens e as mulheres são extremamente distintos.

O cérebro feminino, por exemplo, tende a ser mais organizado para dar conta da linguagem. No cérebro da mulher, a fala tem duas áreas específicas. O fato de terem os centros da fala em ambos os lados do cérebro tornam as mulheres boas de conversa. E como a fala é restrita a áreas específicas, o cérebro fica livre para executar outras tarefas, permitindo que façam várias coisas ao mesmo tempo.

Mulheres tendem a ser empáticas, ou seja, tem mais facilidade em identificar emoções nas outras pessoas e em responder de forma apropriada a estas emoções.

Na orientação espacial, os homens se saem melhor. Na média, o sexo masculino tem também mais facilidade em visualizar objetos em rotação, identificar figuras geométricas escondidas num desenho mais amplo, calcular distâncias e velocidades. Nestas tarefas homens utilizam de forma significativa os dois lados de uma região cerebral chamada hipocampo – possível explicação para a vantagem masculina.

Homens têm o cérebro mais bem estruturado para entender sistemas baseados em regras rígidas de causa e conseqüência. Daí a maior habilidade masculina nas ciências exatas e na orientação espacial.

Segundo o pesquisador Simon Baron-Cohen, as diferenças entre o cérebro masculino e o feminino são, ao lado de fatores culturais, responsáveis por aptidões mais tipicamente masculinas ou femininas.

Durante a maior parte do século XX, essas diferenças foram explicadas pelo condicionamento social, ou seja, somos como somos por causa das atitudes de nossos pais e professores, da sociedade. Meninas se vestem de rosa e ganham bonecas, meninos se vestem de azul e ganham uniformes de jogadores de futebol. Meninas são delicadas e meninos não choram.

Acreditava-se, que quando uma criança nasce, sua mente é como uma página em branco, que vão sendo preenchidas no decorrer da vida.

Recentes estudos de biologia mostram um panorama bastante diferente, onde os hormônios e o cérebro são os principais responsáveis por nossas atitudes, preferências e comportamentos. O modo com o cérebro é estruturado e os hormônios que circulam pelo corpo são dois fatores que determinam em grande parte nossa forma de pensar e agir.

Segundo Allan e Bárbara Pease, homens e mulheres evoluíram de formas diferentes. Os homens, durante a pré-história, eram responsáveis pela caça e as mulheres ficavam na caverna, cuidando da prole. Como caçador, o homem precisava ser capaz de identificar e perseguir alvos distantes. Desenvolveu assim uma visão focal, tipo “túnel”. Já a mulher precisava de um raio de visão que lhe permitisse perceber algum predador se aproximando, uma visão periférica mais ampla. É por isso que o homem moderno consegue facilmente encontrar o caminho de um bar muito afastado, mas tem muita dificuldade em achar qualquer coisa na geladeira, ou no armário.

Como resultado, seus corpos e cérebros tomaram rumos diversos no processo de evolução e se transformaram para se adaptar melhor as funções específicas. Assim, por milhões de anos, as estruturas dos cérebros de homens e mulheres foram se formando de maneiras diferentes. Hoje, sabemos que homens e mulheres processam a informação de modos distintos. Pensam diferentes. Têm crenças, percepções, prioridades e comportamentos diversos.

Muitas vezes os relacionamentos não dão certos porque os homens não compreendem que as mulheres não são como eles, e as mulheres porque esperam que os homens se comportem do mesmo modo que elas.

Pesquisas realizadas nos países ocidentais mostram que cerca de 50% dos casamentos acabam em divórcio, e os relacionamentos mais sérios não duram muito. Homens e mulheres de todas as culturas, credos e raças vivem em constante duelo com seus parceiros por causa de opiniões, comportamentos, e atitudes.

O relacionamento fica difícil quando homem e mulher não reconhecem que são biologicamente diferentes, e cada um quer que o outro atenda as suas expectativas. Contudo reconhecer que somos diferentes, nem melhores nem piores, apenas diferentes, é imprescindível para um bom relacionamento.

Nós não somos idênticos. Homens e mulheres devem ser iguais no direito à oportunidade de desenvolver plenamente suas potencialidades, mas, não são idênticos na suas capacidades inatas. Se homens e mulheres têm direitos iguais, isto é uma questão política e moral. Se são idênticos, é uma questão científica.

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