Sabemos que a atenção tem grande importância em nosso cotidiano. Nos estudos, no trabalho, em uma conversa… A atenção é necessária não somente para atividades que exigem grande esforço mental (como nos estudos), como também para as situações mais básicas do dia a dia.
A atenção é um processo cognitivo pelo qual o nosso cérebro focaliza e seleciona estímulos, estabelecendo relação entre eles. A todo instante recebemos estímulos, provenientes das mais diversas fontes, porém só atendemos a alguns deles. Os estímulos que nos cercam (sejam eles auditivos, visuais, olfatórios, entre outros) devem ser selecionados de acordo com os objetivos pretendidos, conscientes ou não.
A todo o momento em que estamos acordados, o cérebro tem sua atenção focada em algo, seja fora ou dentro dele. Isso quer dizer que, mesmo quando estamos distraídos, estamos prestando atenção em alguma coisa.
Imagine-se em uma festa repleta de gente: enquanto você está conversando com um amigo, inúmeras outras conversas ocorrem à sua volta e há, também, músicas tocando em um volume bastante alto. Você é bombardeado por sons de todas as direções. Mesmo assim, de alguma maneira, é capaz de concentrar-se na conversa que está tendo com um amigo e ignorar grande parte dos barulhos daquele ambiente. Você continua a prestar atenção em sua conversa quando, de repente, escuta alguém pronunciar o seu nome, bem atrás de você e então decide escutar o que estão dizendo, às escondidas. Sem se virar, você foca sua atenção nesta outra conversa para descobrir quem e o que estão falando de você.
A capacidade de detectar seletivamente uma conversa a ser ouvida dentre muitas outras que estão ocorrendo ao mesmo tempo é um exemplo de atenção. Esse processamento de fontes simultâneas de informação de forma diferenciada é chamada “atenção seletiva”.
Estímulos sensoriais estão constantemente presentes. Dentre eles, tende a conquistar a atenção, aquele que, no momento, for o maior, o mais forte, ou o mais chamativo. Esse estímulo promove um redirecionamento automático do foco da atenção.
Para que a atenção atue são necessários três fatores básicos: o fisiológico – onde depende de condições neurológicas e também da situação contextual em que o indivíduo se encontra; o fator motivacional – este depende da forma como o estímulo se apresenta e provoca interesse; e a concentração – esta depende do grau de solicitação e atuação do estímulo, levando a uma melhor focalização da fonte de estímulo.
Há diferentes tipos de atenção:
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Atenção concentrada: É a nossa habilidade de se concentrar em uma coisa enquanto excluímos outras coisas à nossa volta. Exemplos disso são quando estamos estudando.
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Atenção sustentada: É a capacidade de manter o foco em uma mesma atividade/estímulo por tempo prolongado. Por exemplo, quando estamos em uma reunião.
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Atenção seletiva: É a capacidade de “selecionar” em que você presta atenção, eliminando os distratores. Um exemplo é quando conseguimos nos concentrar na voz do seu amigo, mesmo cercado de muito barulho.
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Atenção alternada: É a capacidade de mudar o foco atentivo em diferentes estímulos diferentes. Um exemplo é ler uma receita (aprender) e depois a executar (fazer).
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Atenção dividida: É a nossa habilidade de responder simultaneamente a múltiplas tarefas. Exemplo: verificar um email enquanto participa de uma reunião.
A atenção tem um papel primordial em nosso cotidiano. Ainda não temos um entendimento completo do que é a atenção ou como ela acontece. É sabido, no entanto, que ela envolve modificações na maneira como as variadas regiões do cérebro processam as informações que recebem.
É um processo de extrema importância em determinadas áreas, como na educação já que se exige, por exemplo, que um aluno preste atenção às matérias lecionadas pelo professor, ignorando outros estímulos visuais, sonoros… Além da atenção concentrada, em que se seleciona e processa apenas um estímulo, como também em relação à atenção dividida, em que são selecionados e processados diversos estímulos simultaneamente – como quando se conduz um automóvel e se ouvem as notícias do rádio simultaneamente.
Como qualquer uma das nossas habilidades cognitivas, nossa atenção melhora com a prática. Além disso, diversas funções cognitivas dependem fortemente da atenção, em especial a memória. Desenvolver nossa atenção nos ajuda a processar mais informações eficientemente e melhorar nosso funcionamento cognitivo.